Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, mostra entusiasmo pela política, mas, desta vez, evita precipitações. O bilionário cogita criar seu próprio partido, mas resolveu postergar o projeto para não gerar atritos com aliados republicanos influentes.

Por ora, Musk prefere manter proximidade com o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, visto por analistas como herdeiro natural do movimento MAGA (Make America Great Again). O empresário teme que uma nova sigla fragilize sua relação com Vance, embora não descarte financiar uma eventual candidatura presidencial dele em 2028.

Segundo a Forbes, Musk segue no topo da lista dos mais ricos do mundo, com fortuna estimada em US$ 413 bilhões. Já o Wall Street Journal relata que o magnata decidiu priorizar seus negócios no curto prazo, colocando a criação de um partido em suspenso.

Ainda assim, a política segue em seu horizonte. Ele já desembolsou cerca de US$ 300 milhões em apoio a Donald Trump e outros republicanos nas eleições de 2024. Em julho, após um atrito com Trump, chegou a anunciar a formação de uma sigla chamada “America”, mas acabou desistindo.

O desentendimento surgiu quando Musk criticou o projeto de gastos e impostos conhecido como Big Beautiful Bill, alegando que elevaria o déficit para US$ 2,5 trilhões e poderia levar os EUA à beira da falência. Trump reagiu acusando Musk de estar “irritado por perder subsídios a veículos elétricos” e ameaçou cortar contratos e incentivos. Apesar de uma trégua momentânea, a relação política entre ambos se desgastou.

Trump não poupou críticas: chamou a iniciativa de Musk de “triste de assistir” e disse que ele havia “perdido o rumo”. Para o presidente, partidos de terceira via “nunca prosperaram nos Estados Unidos” e só servem para criar “caos total”.

Mesmo assim, encerrou em tom conciliador, desejando que as empresas de Musk tenham “prosperidade como nunca antes”, acrescentando acreditar que isso seria positivo para o país.